No dia 9 de maio de 2023, a Raquel e a Sara publicam no Jornal do Pinhal Novo as preocupações que têm sobre as touradas, deixando-nos algumas questões para que nós também pudessemos refletir.
Olá! Somos duas jovens que hoje vos queremos falar das touradas. Do nosso ponto de vista este é um assunto bastante preocupante.
Durante a nossa vida sempre ouvimos falar sobre as touradas e, a bem dizer, nunca percebemos bem qual o entretenimento por detrás deste “espetáculo”. Muitos de nós podem achar que os animais não sentem ou não sofrem durante esse momento, mas quer o touro quer o cavalo sofrem bastante durante este acontecimento a que chamam "entretenimento” e “cultura”. Muitos dizem também que estes animais nascem apenas para isto, como se o seu propósito de vida fosse dar o espetáculo da sua morte.
Para nós isto é um assunto sensível porque nos faz pensar como é que alguém consegue aplaudir à morte de um animal tão indefeso e ficar indiferente, e até mesmo gostar.
Muitas pessoas dizem: “ah o touro não sente”, “eles são criados para isto”, “eles sem nós não existiam”, (...). Nunca pararam para pensar o que lhes acontece depois? A todo o sofrimento e stress a que são expostos para cada “espetáculo”? Não faz sentido, com toda a evolução que temos tido, continuar a normalizar esta “cultura”. Já todos sabemos o que acontece a seguir, o touro é morto e simplesmente foi só mais um a quem lhe tiraram a vida e a oportunidade de viver na natureza, com os outros animais. Serão estes os argumentos para isto continuar? É isto que é suposto transmitir às próximas gerações? É nesta sociedade violenta e sem compaixão pelos animais que queremos viver?
Não sei se sabem, mas a música “Atirei o pau ao gato” foi muito criticada e julgada pela sua letra e mensagem, pois transmitia a violência nos animais e não era com essa mentalidade que queriam que as crianças crescessem. No entanto, somos nós que levamos os nossos filhos a assistir ao sofrimento de um animal.
Sabemos que nem todos estão a favor, mas para quem está, é esta a visão que precisamos mudar!
Raquel Cavaco e Sara Camolas
(Clube "Eu Participo" - EB Hermenegildo Capelo)
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